quarta-feira, 2 de março de 2011

Frederico

– E tu, porque não trabalhas, Frederico? perguntavam os outros.
– Eu estou a trabalhar – dizia Frederico.
– Apanho raios de sol para os dias frios e escuros de inverno.
Uma família de ratos recolhe provisões e todos trabalham, excepto Frederico, que aparentemente não faz nada.
Mas ele também aprovisiona: raios de sol, cores, palavras...
Quando chega o inverno, comprova-se que o seu labor poético foi imprescindível para os ratos suportarem melhor a crueza da estação.
Assim, nesta história, Frederico é aceite tal como é.